segunda-feira, 21 de setembro de 2009

ESTUDO-CRISTOLOGIA

ESTUDOS:

Jesus, o Verbo encarnado

João 1: 1-15



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Neste estudo você aprenderá que é impraticável querer argumentar sobre Jesus e seu ministério sem levar em conta a forma maravilhosa da sua manifestação entre os homens. Conhecer sua origem e permanência entre nós consolida nossa fé. Saber que Jesus esteve conosco estabelece motivação para vencermos as constantes lutas que enfrentamos.

Deus reservou aos homens o melhor de sua glória ao planejar o envio de seu Filho ao mundo. Toda a experiência de uma pessoa com Jesus em seu início é raza, levando em conta a dureza dos nossos corações, gerada pelo pecado. No entanto, a perseverança e firmeza neste propósito leva-nos a dimensões consideráveis desta fonte de vida e poder que o relacionamento mais íntimo de Jesus com os homens oferece.

I - O VERBO E SUA ORIGEM
O Evangelho de João é o canal de Deus para nos fazer compreender sobre a presença de Jesus, o Verbo divino, entre homens. Jesus não é uma criatura de Deus. Uma coisa é avaliar, através da Bíblia, nas citações dos apóstolos, a magistral encarnação do Verbo entre nós; outra é poder, na mesma Bíblia, ouvir Jesus falando com seus próprios lábios, identificando-se como aquele que sempre foi, sempre é, e sempre será o Filho glorificado que, mesmo tendo deixado a glória momentânea, providencialmente retornou com honras. De forma clara vemos isso na oração sacerdotal, quando Ele mesmo confirma sua existência eterna: “antes que houvesse mundo", Jo 17: 5.

a) A origem. Enquanto os três outros Evangelhos iniciam-se falando sobre o nascimento de Jesus, João, indo muito mais distante, revela sua existência antes da criação: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus... e o Verbo era Deus”, 1: 1. Refere-se a um tempo a que chama de princípio que, em consonância com Gn. 1: 1, também revela um tempo ocorrido antes da obra criadora de Deus, Col. 1: 17.

b) O propósito. Isso nos leva a entender o grande amor de Deus e seus desígnios. Podemos saber que Deus não se assentou no vazio de uma terra sem forma para comandar o nada, mas planejou a sua obra e a estabeleceu para fazer o homem coroa de sua criação e que nisto sentiu prazer e deleite. Ef. 3: 9 aponta também para este princípio quando diz: “desde os séculos oculto em Deus...

c) A visão dos profetas. Antes da encarnação de Jesus, sua vinda era contemplada, crida e aceita pela fé. Isaías disse que o povo que andava em trevas (os perdidos) viu uma grande luz, Is. 9: 2.

II - A ENCARNAÇÃO DO VERBO
Depois de considerar a existência e capacidade do Verbo, João passa a mostrar em síntese o processo completo de sua humanização, usando duas palavras: verbo e luz.

a) Luz dos homens. Primeiro fala da presença do Verbo com Deus, sendo Deus, agindo como Deus, para depois falar da luz, no extraordinário verso 4. Nesse ponto Deus está graciosa e generosamente voltando-se para o homem. Luz é um termo para homens, é vida, e contrasta com trevas, a morte eterna. Luz é algo novo, que contrasta com a idéia de antiguidade expressa por “no princípio”.

b) Habitou entre os homens. O verso 14 relata uma das mais conhecidas citações em toda a Bíblia: “0 Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos sua glória, glória como do unigênito do Pai.” Além de outras grandes lições, esta passagem deixa claro o ponto básico deste estudo: a encarnação do Verbo. Recebeu forma humana e tabernaculou entre os homens. Que fato extraordinário quando visto de nossa frágil perspectiva: um Deus tão gigante e glorioso se digna assumir de forma mais direta e envolvente possível a nossa conjuntura desgastada. E apresentou-se cheio de graça e de verdade entre os homens.

c) O nascimento. Assim, em Lc. 1: 31-35 temos a mensagem do anúncio do nascimento de Jesus a Maria, como uma introdução maravilhosa, onde Deus, por causa de sua santidade e propósito, revela que Maria ficaria grávida pelo Espírito Santo. O texto de Lc. 2 : 7 registra o nascimento em seu momento preciso: “E ela deu à luz...” concretizando a encarnação majestosa.

d) O nome Jesus. Deus nunca precisou, no tocante a si mesmo, de nome ou nomes para ser visto. Mas já que o propósito da intervenção de Deus, no que se refere à salvação, era Jesus, então uma identidade divina entre os homens precisava ser alcançada. E por isto Deus ordenou ao seu anjo que levasse a Maria o nome que o seu Filho obteria na terra: Lc. 1: 3. Jesus, no hebraico, quer dizer salvador.

III - O CARÁTER DO VERBO
Depois de ter considerado a origem e a encarnação do Verbo, para conhecê-lo melhor, vejamos agora o seu caráter, baseados no texto de Cl. 1: 15-17.

a) A imagem visível. O v. 15 diz que Jesus é a imagem do Deus invisível, apontando para a revelação do próprio Deus, pois a expressão imagem está ligada também à encarnação, ou seja, é uma forma humana de se ver Deus.

b) Primogênito. Termo que Paulo usa para definir a característica de Jesus como aquele que se revela ao mundo e pode ser percebido por aqueles que crerem nEle.

c) Criador. Termo usado para se referir a Jesus, v.16, confirmando sua participação na obra criadora. Todavia mais excelente aqui é o destaque sobre sua relevância sublime no céu. Se admitimos que Ele também estava no princípio e que é feitor de todas as coisas, admitimos também que é poderoso pela e entre as obras que fez. De fato, o v. 17 informa sobre sua preexistência e salienta o seu domínio. Isso está claramente confirmado em Hb 1: 2-3, onde o desconhecido escritor aborda também, além da revelação que nEle consiste, a excelência do seu nome, e sua superioridade entre os anjos.

Prossigamos sem temor, depois de termos entendido a grandeza de Deus, e de como se revelou através de seu Filho que se encarnou, favorecendo-nos em nossa salvação.

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